quarta-feira, 30 de maio de 2012

Thomas Struth

(...) "Thomas Struth tem um trabalho muito rigoroso e analítico, não cedendo a impulsos de inspiração nem à pressão do tempo. Interessa-lhe usar a fotografia para construir um mosaico do mundo onde vive, e por isso surgem na sua obra tantos temas diferentes: arquitectura, natureza, tecnologia, retratos de famílias ou imagens de visitantes de museu.

A fotografia foi um acidente na vida deste alemão que nasceu em Geldern, em 1954. Aos 20 anos Thomas Struth era estudante de pintura e frequentava as aulas de Gerhard Richter na Academia de Arte de Düsseldorf. Foi por pressão do professor que em 1976 se juntou à primeira turma do histórico casal Bernd e Hilla Becher e foi com eles que aprendeu a fotografia que ainda hoje pratica.

Em conjunto com Andreas Gursky, Axel Hütte, Candida Höfer e Thomas Ruff (todos ex-alunos dos Becher) faz parte da chamada Escola de Düsseldorf que, de acordo com a história canónica da fotografia, se caracteriza pela objectividade das imagens que produz. Esta Nova Objectividade Alemã, nome genérico pelo qual são tratados, caracteriza-se por uma abordagem documental à fotografia que procurava, através das possibilidades dos meios mecânicos da máquina, representar o mundo de um modo claro, em detrimento de interpretações, gostos ou sentimentos artísticos.

É nesta tradição iniciada nos anos de 1920 por Karl Blossfeld, Albert Renger-Patzsch e August Sander que se deve contextualizar o modo como Struth entende a sua obra." (...)
in ípsilon 03.11.2011 por Nuno Crespo